A Igreja Católica, de uma maneira geral, crê que "Sara, a Negra" é mais umas das invenções dos ciganos. Isto não se constitui em novidade, já que a cultura cigana vem sendo discriminada ao longo dos séculos pelos donos dos mais diversos tipos de poder, ainda mais, levando-se em conta o fato de Sara ter sido uma escrava.
Segundo os ciganos, Sara foi escrava egípcia de uma das três Marias (Madalena, Jacobé ou Salomé) e juntamente com elas, José de Arimatéia, Trófimo e Lázaro foi atirada pelos judeus numa barca sem remos nem alimentos. Por um milagre, todos chegaram salvos a uma praia perto da foz do Petit Rhonê, local hoje conhecido por Santas - Marias - do - Mar, em Camarga, na província de Languedoc (Sul da França). É para lá que convergem nos dias 24 e 25 de maio ciganos de todo mundo, a fim de visitar a cripta de Sara e, sobretudo, se encontrar com ela. Os ciganos, a cavalo, levam a estátua de Sara ao mar (segundo informações, há alguma semelhança entre este ritual de levar a santa ao mar a cavalo e rituais hindus.) e são seguidos por um cortejo de outros ciganos, de católicos e turistas.