Os ciganos valorizam bastante a prole numerosa, pois isto torna a tribo mais poderosa, já que os filhos servirão de defesa aos pais na velhice e de amparo às mulheres.
Eles costumam dar seus filhos para serem batizados por homens ricos e/ou influentes. Esse sistema de compadrio é um costume antiqüíssimo entre os ciganos e o utilizam no sentido de obter, além de dinheiro, baetas, favores, aceitação na sociedade dos gadje e a proteção necessária em caso de problemas que venham a ter com o povo gadjo.
Entre os ciganos, interesses particulares, em alguns casos, são considerados sem importância, pois o que realmente importa é a tribo, a questão de sobrevivência como grupo que, em verdade, tem sido a maior luta dos ciganos, há muitos séculos. É por isso, que o pai não casará a jovem que ajuda a sustentar a família, pois "sabe ganhar dinheiro", mas a que seja incapaz, ou, menos capaz de ganhar a vida.
Apesar de todas essas questões práticas em relação ao casamento, entre os ciganos tudo se efetua sob ritual, já que o pedido de casamento ocorre em volta do "fogo da justiça": os pais dos noivos conversam em torno da fogueira.
Até hoje, os ciganos preferem os dotes em moedas de ouro, do que em cheques ou outros valores.
O dote, entre os ciganos, irá variar de acordo com a beleza, juventude, esperteza e o talento da cigana para a arte (dança, música, canto,...)
Até o século passado - como afirmam os ciganos mais velhos - era hábito uma anciã despir a noiva, deitá-la sobre a cama e colocar-lhe o dedo indicador na vagina, para romper o hímen, deixando cair as gotas de sangue na roupa branca, a título de comprovação da virgindade.
O culto aos antepassados foi um dos fatores que mais contribuíram para que os ciganos passasem a ter pousos certos em alguns lugares onde seus mortos haviam sido enterrados, ou seja, eles sempre retornavam a tais lugares.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
MÃE DA TRIBO.
Cada família extensa dos ciganos também possui uma liderança feminina, na figura de uma mulher muito amada e respeitada - a phuri-dei - ou seja, a MÃE DA TRIBO, a matriarca, que será consultada antes de qualquer atitude importante que deverá ser tomada pela tribo. Tanto interfere em assuntos práticos, como orienta, e lidera uma série de rituais ciganos.
Há também uma outra figura feminina importante, a bibi, que atuará mais especificamente nas questões relativas às mulheres e às crianças. Por vezes, a bibi pode acumular duas funções: a de tia mais velha que aconselha e que seria mais propriamente uma forma de tratamento e a de matriarca, à semelhança da phuri-dei.
A trajetória dos ciganos na família é marcada por três acontecimentos importantes: NASCIMENTO, CASAMENTO e MORTE.
Há também uma outra figura feminina importante, a bibi, que atuará mais especificamente nas questões relativas às mulheres e às crianças. Por vezes, a bibi pode acumular duas funções: a de tia mais velha que aconselha e que seria mais propriamente uma forma de tratamento e a de matriarca, à semelhança da phuri-dei.
A trajetória dos ciganos na família é marcada por três acontecimentos importantes: NASCIMENTO, CASAMENTO e MORTE.
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